Hoje, na vinda de Flores pra Russas, me peguei
pensando na Felicidade. Talvez tenha sido o cheiro de mato do caminho. Já
explico porque.
O fato é que desejei uma coisa. E, ao longo do
percurso, fiz um acordo com Deus, daqueles que a gente só faz quando é criança:
daria 10 anos de minha vida em troca de um fim de semana em Camurugi.
Camurugi é um bairro bem distante da sede do
município de Guarapari, cidade onde nasci. A família sempre revezava os
encontros indo pra lá, passar o fim de semana na casa de Padrinho Ricardo.
Era um lugar lindo, no meio do mato, ao lado do manguezal... distante de tudo,
mas próximo do céu. A família toda reunida. A gente, ainda criança, tínhamos
uma liberdade escandalosa. Subíamos nas árvores pra comer frutas silvestres.
Lembro perfeitamente do gosto do araçá, da romã, do jambo. No caminho para o
banho no mangue, através da trilha rasgando o meio do capinzal, sentíamos o
cheio do mato e das ervas que só Deus sabe o nome.
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