Anel de tucum é um anel feito da semente de tucum, uma espécie de palmeira nativa da região amazônica. Geralmente é utilizado por fiéis cristãos como símbolo de um compromisso preferencial de fé com os pobres, inspirado na opção feita por Jesus nas fontes bíblicas do novo testamento.
O anel tem sua origem no Império do Brasil, quando jóias feitas de ouro e outros metais nobres eram utilizados em larga escala por membros da elite dominante para ostentarem sua riqueza e poder. Os negros e índios, não tendo acesso a tais metais, criaram o anel de tucum como um símbolo de pacto matrimonial, de amizade entre si e também de resistência na luta por libertação. Era um símbolo clandestino cuja linguagem somente eles compreendiam.
Mais recentemente, a utilização do anel de tucum foi resgatada por fiéis cristãos, com o objetivo de simbolizar a "opção preferencial pelos pobres", especialmente por fiéis católicos após as as conferências episcopais que, na década de 70 e 80 na América Látina e, particularmente no Brasil, proclamaram a necessidade de uma Igreja que se voltasse presencialmente para os pobres, ou seja, por todos aqueles e aquelas que vivem à margem e excluídos, de muitas formas, da sociedade.
O Anel de tucum foi tema de documentário ("Anel de Tucum) homônimo dirigido por Conrado Berning em 1994. No filme, o bispo católico Dom Pedro Casaldáliga, um dos entrevistados, explica da seguinte maneira a utilização do anel:
Outros grupos católicos, por sua vez, especialmente devido a forte ligação entre os usuários do anel de tucum, consideram que este "é um sinal de pobreza". Usar o anel, para demonstrar amor e carinho moromisso aos pobres. Se alguém é realmente pobre, deve praticar essa pobreza e o desprezo das riquezas, porque se não é pura vaidade e desejo de ser considerado pobre e bom.
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